... Meu Deus que saudades, quando SIM era Sim e NÃO era NÃO, bastavam pra mim.
Quando esperávamos ansiosamente fazermos 18 anos para sair da casa dos pais, havia cumplicidade, solidariedade... havia tanta verdade.
A dispensa da cozinha era tudo de todos, quando eu sabia que existia, mas passava longe de mim essa Srª chamada corrupção, se eu soubesse que os dias assim ficariam me seria mais caro viver ali sempre e deixar a vida seguir sozinha sem mim... porque não?
Acreditei que não mudaria tanto assim, na verdade eu não mudei, mudaram, foram, se fizeram e me encaixaram fora do contexto... Às vezes penso... Deus tá de brincadeira? Espero... quase ouço uma risada e e grito SURPRESA!!! Inutilmente! Desculpem-me o desabafo hoje se sentou perto demais de mim pra não ser vista, olhou-me nos olhos e senti vergonha de quem eu era, e quemera NUNCA asentiria com a cabeça, nem tão pouco trocaria palavras suaves com o vislubre da queda de tudo que eu acredito, homens são mais fortes, mulheres mais frágeis, homens galanteiam, mulheres são cortejadas em raros casos a ordem era diferente, mas com graça... com garra... com força. Onde foi parar o asco, a separação o repúdio a toda forma de corrupção... Ah!!! Que a política e a religião sejam brados da minha voz e não susurros como tem sido ultimamente, TOMARA, que sejam um breve momento de fraqueza e volte tudo ao normal, quando a estrada nos levava e a próxima refeição era piada até a outra, sustentados éramos por amor grátis, eu nunca soube comprar afeto, como aprenderia agora? Admiração... isso não é moeda de troca não.
Admito que deixei-me levar um pouco, mas o engano foi breve, voltei a mim, pedi desesperadamente perdão a tudo que eu sou... É assim que deve ser... se tem verdade na vida passemos adiante, minha filha há de ter ideologia e não aprender a malandragem de burlar sistemas capitalistas, eu SIM, ela TAMBÉM, quem tem sangue COM TODA CERTEZA, seguirá os certos escrúpulos chegará no fim certo de que combateu o bom combate, venceu a luta e guardou a fé...
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